Método Hazop
- Escola Piloto de Engenharia Química da UFC
- 17 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Ambientes industriais são um dos setores mais difíceis de se gerenciar devido a sua grande complexidade. É preciso estar atento a muitas variáveis ao mesmo tempo, como processos, equipamentos e as pessoas que estão ali. Dessa forma, uma área que tem importância atemporal é a de análise e gerenciamento de riscos, não apenas do ponto de vista de uma cultura de segurança, mas também de operabilidade. E é aí que nosso protagonista Hazop entra.
Hazop significa “Hazard and Operability Studies” ou “Estudo de Perigos e Operabilidade”. Trata-se de uma metodologia qualitativa, que visa identificar, analisar e gerenciar riscos em um processo industrial de forma prática e sistemática, tendo sido criado em 1960 pela britânica Imperial Chemical Industries.
Seu algoritmo é fácil de ser entendido, por isso também sua aplicação é tão difundida pelo mundo. Primeiro, reúne-se uma equipe multidisciplinar de 6 a 8 membros a fim de trabalhar em cima dos riscos de um processo. A questão de reunir-se pessoas de áreas diferentes se dá justamente pela visão plural que cada um tem do processo, ou seja, engenheiros químicos, eletricistas, mecânicos ou mesmo técnicos. A partir daí, dispõe-se do P&ID – diagrama de Tubulação e Instrumentação - para selecionar-se um nó desses a ser atacado. Esse nó pode ser um equipamento, ou conjunto desses.
Feita essa etapa, parte-se para uma planilha, a fim de facilitar a visualização do framework não apenas pela equipe, mas por todos colaboradores. Nessa, vamos dispor as variáveis de processo do nó associadas a palavras guias. As palavras guias são algo como: maior que, menor que, acima de, abaixo de. Ou seja, indicam o quão a variável está desviada de sua idealidade do projeto. Após isso, elencamos as causas, consequências, métodos de detecção e possíveis providências a serem tomadas para prevenir ou corrigir esse desvio.
O Hazop geralmente é utilizado na fase de projeto, justamente por ser uma ferramenta poderosa de tomada de decisões preventivas, porém pode ser implementado em plantas que já estão operando.

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